Treinamento e Desenvolvimento

Soft skills são o novo foco em treinamentos corporativos

Kleber Rafael
Publicado: 28/09/2023 às 15:30
Atualizado: 16/05/2025 às 09:23
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Soft skills são o novo foco em treinamentos corporativos

Uma pesquisa recente com 300 empresas de médio e grande porte no Brasil revelou que 78% delas estão priorizando o desenvolvimento de soft skills em seus programas de treinamento em 2025. Habilidades como comunicação eficaz, resiliência emocional e pensamento crítico figuram entre as mais demandadas, refletindo uma mudança estratégica no perfil de capacitação profissional.

O estudo foi encomendado pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e evidencia uma transformação significativa nas prioridades de investimento em desenvolvimento humano. Enquanto em 2019 apenas 35% dos orçamentos de treinamento eram destinados ao aprimoramento de competências comportamentais, esse percentual subiu para 58% em 2023 — uma tendência que deve continuar crescendo.

“As empresas perceberam que habilidades técnicas podem ser ensinadas com mais facilidade por meio de cursos e ferramentas digitais. No entanto, as competências comportamentais — como empatia, escuta ativa e inteligência emocional — são essenciais para enfrentar os desafios complexos e voláteis do ambiente de negócios atual”, afirma Carla Nogueira, presidente da ABTD.

As soft skills mais valorizadas atualmente incluem:

Inteligência emocional

Comunicação não violenta

Adaptabilidade

Colaboração em ambientes híbridos

Pensamento criativo e inovação

Além de buscar profissionais que já possuam essas qualidades, muitas empresas estão investindo em soluções inovadoras de capacitação. Consultorias especializadas estão utilizando metodologias como gamificação, realidade virtual, imersões interativas e programas de mentoria personalizada para acelerar o desenvolvimento dessas competências nos colaboradores.

Segundo especialistas, a crescente digitalização, o trabalho remoto e as transformações culturais nas organizações estão exigindo um perfil profissional mais flexível, colaborativo e autogerenciável. Por isso, o domínio das soft skills deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito estratégico para a empregabilidade e o desempenho organizacional.