Gestão de Pessoas

Programas de bem-estar reduzem absenteísmo em 31%

Kleber Rafael
Publicado: 25/10/2023 às 14:50
Atualizado: 16/05/2025 às 09:38
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Programas de bem-estar reduzem absenteísmo em 31%

Uma pesquisa pioneira, realizada com 50 empresas brasileiras de diversos setores, revelou que programas estruturados de bem-estar corporativo podem reduzir o absenteísmo (faltas ao trabalho) em até 31%. O estudo, que acompanhou mais de 20 mil funcionários ao longo de dois anos, também constatou melhorias significativas na produtividade, engajamento e satisfação no trabalho.

Iniciativas mais eficazes

As ações que apresentaram os melhores resultados foram:

  • Acompanhamento médico e psicológico (incluindo telemedicina e terapia online)

  • Programas de atividade física (como ginástica laboral e parcerias com academias)

  • Oficinas de gestão do estresse (com técnicas de mindfulness e respiração)

  • Ambientes de trabalho mais saudáveis (iluminação natural, ergonomia e espaços de convivência)

  • Flexibilidade de horários (home office híbrido e jornadas adaptáveis)

Retorno financeiro comprovado

De acordo com o estudo, a cada R1investidoembem−estar,asempresasobtiveramumretornodeR 2,30, considerando a redução de custos com afastamentos médicos, turnover (rotatividade de funcionários) e ganhos de produtividade.

"Os resultados mostram que investir no bem-estar dos colaboradores não é apenas uma questão humanitária, mas uma estratégia empresarial inteligente", afirma o coordenador da pesquisa.

Especialistas defendem abordagem integrada

Os pesquisadores destacam que iniciativas isoladas têm impacto limitado. O sucesso está em programas abrangentes que abordem as quatro dimensões do bem-estar:

  1. Física (saúde preventiva, exercícios)

  2. Mental (suporte psicológico, redução do burnout)

  3. Financeira (educação sobre investimentos, descontos em benefícios)

  4. Social (relacionamentos no trabalho, clima organizacional)

"O segredo está na abordagem integrada e contínua. Bem-estar não é um benefício, mas uma cultura organizacional", conclui o pesquisador.

O que isso significa para o RH?

Com a transformação digital e a Geração Z entrando no mercado, os funcionários valorizam cada vez mais empregadores que priorizam qualidade de vida. Empresas que não se adaptarem podem enfrentar dificuldades em reter talentos.

Próximos passos:

  • Diagnóstico interno (pesquisas de clima)

  • Parcerias com health techs (plataformas de saúde digital)

  • Métricas claras (avaliação contínua dos resultados)

Em resumo: Bem-estar corporativo deixou de ser um diferencial e se tornou estratégico para negócios sustentáveis. Quem investe hoje, colhe funcionários mais saudáveis, leais e produtivos no futuro.


Glossário de termos técnicos:

  • Absenteísmo: Frequência de faltas ao trabalho, muitas vezes ligadas a problemas de saúde ou desmotivação.

  • Turnover: Rotatividade de funcionários, indicador de quantos colaboradores saem da empresa em um período.

  • Burnout: Síndrome de esgotamento profissional, reconhecida pela OMS.

  • Mindfulness: Prática de atenção plena para reduzir estresse.

  • Health techs: Startups que usam tecnologia para soluções em saúde.

 

Esse estudo reforça o que já vemos em mercados maduros, como EUA e Europa: empresas com culturas de bem-estar são mais resilientes e inovadoras. No Brasil, ainda há resistência, mas os números mostram que a mudança é inevitável.

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