Programas de bem-estar reduzem absenteísmo em 31%

Uma pesquisa pioneira, realizada com 50 empresas brasileiras de diversos setores, revelou que programas estruturados de bem-estar corporativo podem reduzir o absenteísmo (faltas ao trabalho) em até 31%. O estudo, que acompanhou mais de 20 mil funcionários ao longo de dois anos, também constatou melhorias significativas na produtividade, engajamento e satisfação no trabalho.
Iniciativas mais eficazes
As ações que apresentaram os melhores resultados foram:
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Acompanhamento médico e psicológico (incluindo telemedicina e terapia online)
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Programas de atividade física (como ginástica laboral e parcerias com academias)
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Oficinas de gestão do estresse (com técnicas de mindfulness e respiração)
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Ambientes de trabalho mais saudáveis (iluminação natural, ergonomia e espaços de convivência)
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Flexibilidade de horários (home office híbrido e jornadas adaptáveis)
Retorno financeiro comprovado
De acordo com o estudo, a cada R1investidoembem−estar,asempresasobtiveramumretornodeR
2,30, considerando a redução de custos com afastamentos médicos, turnover (rotatividade de funcionários) e ganhos de produtividade."Os resultados mostram que investir no bem-estar dos colaboradores não é apenas uma questão humanitária, mas uma estratégia empresarial inteligente", afirma o coordenador da pesquisa.
Especialistas defendem abordagem integrada
Os pesquisadores destacam que iniciativas isoladas têm impacto limitado. O sucesso está em programas abrangentes que abordem as quatro dimensões do bem-estar:
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Física (saúde preventiva, exercícios)
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Mental (suporte psicológico, redução do burnout)
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Financeira (educação sobre investimentos, descontos em benefícios)
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Social (relacionamentos no trabalho, clima organizacional)
"O segredo está na abordagem integrada e contínua. Bem-estar não é um benefício, mas uma cultura organizacional", conclui o pesquisador.
O que isso significa para o RH?
Com a transformação digital e a Geração Z entrando no mercado, os funcionários valorizam cada vez mais empregadores que priorizam qualidade de vida. Empresas que não se adaptarem podem enfrentar dificuldades em reter talentos.
Próximos passos:
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Diagnóstico interno (pesquisas de clima)
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Parcerias com health techs (plataformas de saúde digital)
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Métricas claras (avaliação contínua dos resultados)
Em resumo: Bem-estar corporativo deixou de ser um diferencial e se tornou estratégico para negócios sustentáveis. Quem investe hoje, colhe funcionários mais saudáveis, leais e produtivos no futuro.
Glossário de termos técnicos:
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Absenteísmo: Frequência de faltas ao trabalho, muitas vezes ligadas a problemas de saúde ou desmotivação.
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Turnover: Rotatividade de funcionários, indicador de quantos colaboradores saem da empresa em um período.
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Burnout: Síndrome de esgotamento profissional, reconhecida pela OMS.
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Mindfulness: Prática de atenção plena para reduzir estresse.
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Health techs: Startups que usam tecnologia para soluções em saúde.
Esse estudo reforça o que já vemos em mercados maduros, como EUA e Europa: empresas com culturas de bem-estar são mais resilientes e inovadoras. No Brasil, ainda há resistência, mas os números mostram que a mudança é inevitável.